Lixo - Inimigo Invisivel

O problema Cada vez mais presente em nossas vidas e, ainda assim, muitas vezes invisível, o lixo é um dos maiores inimigos do mundo contemporâneo. É possível acabar com ele?

Denuncia - Máfia do Lixo

No dia 12 de Novembro de 2014, o Ministério Público do Paraná acaba de oficiar o prefeito Gustavo Fruet do município de Curitiba, para que esse forneça cópias de processos administrativos que tramitaram na Prefeitura da capital paranaense.

Não se há Meio Ambiente se não há Economia

No caminho da prosperidade, as economias modernas devastaram boa parte dos recursos naturais.

SUSTENTABILIDADE - Brasil tem papel fundamental nas questões ambientais

Numa época em que a escassez de água está em pauta, cada vez mais se faz necessário discutir o padrão de consumo da população.

Os rios mais poluídos do Brasil

Infelizmente, o Brasil cuidou pouco da qualidade da água de seus rios nas últimas décadas.

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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Aquecimento global (efeito estufa )

Pense nisso! Preservação da natureza

Meio Ambiente TV Ação de Limpeza no Manguezal do Rio Itanhaém

Efeito Estufa

Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra. É imprescindível para manter a temperatura do planeta em condições ideais de sobrevivência. Sem ele, a Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies.
Acontece da seguinte forma: os raios provenientes do Sol, ao serem emitidos à Terra, têm dois destinos. Parte deles é absorvida, e transformada em calor, mantendo o planeta quente, enquanto outra parte é refletida e direcionados ao espaço, como radiação infravermelha. Ou seja: cerca de 35% da radiação é refletida de volta para o espaço, enquanto os outros 65% ficam retidos na superfície do planeta. Isso por causa da ação refletora de uma camada de gases que a Terra tem, os gases estufa. Eles agem como isolantes por absorver uma parte da energia irradiada e são capazes de reter o calor do Sol na atmosfera, formando uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele escape de volta para o espaço.



Nas ultimas décadas, contudo, a concentração natural desses gases isolantes tem sido aumentada demasiadamente pela ação do homem, como a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a ação das indústrias, aumentando a poluição do ar. O excesso dessa camada está fazendo que parte desses raios não consigam voltar para o espaço, provocando uma elevação na temperatura de todo o planeta, o aquecimento global. Por isso, o nome estufa é usado para descrevê-lo.
Uma estufa é um lugar úmido, abafado, semelhante a uma sauna, usado para guardar plantas em desenvolvimento e que precisam de calor e umidade. Os Gases do Efeito Estufa (GEEs), misturando-se à atmosfera, comportam-se como uma estufa, retendo o calor solar próximo à superfície terrestre.

Gases do Efeito Estufa

Os principais gases que provocam esse fenômeno são:
  • dióxido de carbono (CO2);
  • óxido nitroso (N2O);
  • metano (CH4);
  • cloro-fluor-carboneto (CFC);
São oriundos, principalmente, da queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. Em excesso, o efeito estufa causa um superaquecimento, provocando consequências desastrosas, como o derretimento de parte das calotas polares; mudanças climáticas; elevação do nível dos oceanos; maior incidência de fenômenos como furacões, tufões, ciclones; secas; extinção de espécies; destruição de ecossistemas e ondas de calor.
Visando diminuir as emissões dos GEEs, a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou vários países para assinar um tratado, em 1997, denominado "Protocolo de Kyoto", na ocasião da Rio-92 ou Eco-92. O acordo determina que os países industrializados diminuam entre 2008 a 2012 suas emissões de gases poluentes a um nível 5,2% menor que a média de 1990. Os Estados Unidos, o país que mais contribui para esses danos ambientais, o maior poluente do planeta, porém, não ratificaram o documento.
O Brasil está em 4º lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera. A maior contribuição brasileira fica por conta dos desmatamentos (veja: Desmatamento da Amazônia, Desmatamento da Mata Atlântica), cerca de 80% de nossas emissões.

Diminuição da biodiversidade afeta diretamente os humanos

A perda de espécies facilita e aumenta a transmissão de patógenos


Muitas vezes as pessoas perguntam: "Por que deveria me importar se uma espécie se extingue? Não é essencial para minha vida diária, não é?"

Bem, de acordo com nova pesquisa publicada em 2 de dezembro na revista Nature, a resposta é “SIM”, a biodiversidade saudável é essencial para o bem-estar humano. Quando espécies desaparecem, doenças infecciosas surgem em seres humanos e em todo o reino animal; assim, extinções afetam diretamente nossa saúde e chances de sobrevivência como espécie.

"A perda da biodiversidade aumenta a transmissão de patógenos através de uma ampla gama de sistemas de doenças infecciosas", explica a ecóloga Felicia Keesing do Bard College.

O aumento das doenças e outros patógenos parece ocorrer quando as chamadas “espécies-tampão” desaparecem. O coautor Richard Ostfeld do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema aponta para o crescente número de casos da doença de Lyme nos seres humanos como um exemplo de como isso ocorre. Os gambás nos Estados Unidos estão em baixa por causa da fragmentação de hábitats florestais. Os marsupiais são hospedeiros do patógeno que causa a doença de Lyme e também podem se defender melhor dos carrapatos de patas negras que carregam a a doença aos seres humanos. Eliminado o hospedeiro natural, os carrapatos procuram novos, tais como os seres humanos.

Pesquisadores que estudam esse tipo de degradação ambiental descobriram que doenças se tornaram mais prevalentes durante o tempo em que diminuiu a biodiversidade local. Um dos casos por eles estudados revelou que o aumento do vírus do Nilo Ocidental nos Estados Unidos corresponde à diminuição da densidade das populações de aves.

Os pesquisadores também concluíram que os seres humanos e a vida selvagem realmente não devem interagir. O contato direto com animais selvagens, digamos, sob a forma do comércio ilegal da carne ou como “pets”, pode causar doenças desconhecidas em humanos.

"Preservar grandes áreas intactas e minimizar o contato com animais selvagens seria um grande passo do caminho para reduzir novas contaminações", conclui Keesing.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Emissões brasileiras de gases estufa aumentaram 7,8% em 2013

Novo estudo constatou que as mudanças de emissões estão relacionadas ao desmatamento e à geração de energia, com o maior uso de termelétricas.

 


As emissões brasileiras de gases do efeito estufa aumentaram 7,8% em 2013, comparado ao ano anterior. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, são do Seeg (Sistema de Estimativa de Emissões de Gases do Efeito Estufa), sistema paralelo ao do governo federal. Isso significa que a quantidade emitida aumentou de 1,45 bilhão de toneladas de CO2 equivalente (medida usada para comparar emissões de gases do efeito estufa, com base no dióxido de carbono) para 1,56 bilhão.
O novo estudo constatou que as mudanças de emissões estão relacionadas ao desmatamento e à geração de energia, com o maior uso de termelétricas, que necessitam de combustíveis fósseis. O total de emissões por pessoa atingiu 7,8 toneladas de CO2, ante 7,5 toneladas em 2012.
Na divisão por Estado, o Pará é o líder das emissões, com 175,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente, a maior parte vinda do desmatamento da Amazônia. Em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 147 milhões de toneladas, também decorrentes principalmente pela destruição da vegetação.

Fonte → Veja

Desmatamento tem alta na Amazônia em agosto e setembro, diz Imazon

Segundo ONG, aumento foi de 191% no último bimestre em relação a 2013.
Governo não divulgou dados do Deter referentes aos dois últimos meses.

 


O desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém. Em termos absolutos, a alta foi de 288 km² para 838 km².
O levantamento é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter. O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).
O dado mais recente do Deter foi divulgado em setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e já indicava aumento de 195% no desmate na comparação entre os dois meses de 2013 e 2014. As informações são utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para controlar a devastação do bioma.
Calendário do desmatamento
Agosto e setembro são os dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, período que compreende de agosto a julho e está relacionado com as chuvas e atividades agrícolas.
De acordo com reportagem publicada neste domingo (19) no jornal "Folha de S.Paulo", foram monitorados 93% da área florestal na Amazônia Legal. Em 2013, o monitoramento cobriu uma área de 79%. Para fazer as análises, o instituto utiliza o SAD, sistema de alerta de desmatamento e degradação (veja a tabela no site do Imazon).
Procurado, o Ministério do Meio Ambiente informou que não comentaria os números do Imazon, mas enviou um quadro com dados anteriores do Deter e do Imazon, mostrando que os dois levantamentos já tiveram resultados discrepantes. O MMA afirmou que os dados oficiais do desmatamento na Amazônia são do Prodes (Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites), sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgado uma vez por ano, em novembro. À "Folha", o MMA informou que decidiu publicar os novos números do Deter em novembro porque a leitura de dados contaria com imagens de satélite quatro vezes mais precisas, com o programa chamado Novo Deter.
Nos estados
Considerando os dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a setembro de 2014), Rondônia lidera o ranking com 31% do total desmatado no período. Em seguida aparece Mato Grosso (26%) e o Pará (18%). Em termos relativos, houve aumento expressivo de 2.699% em Roraima e 939% em Mato Grosso.
Em termos absolutos, Rondônia lidera o ranking do desmatamento acumulado com 260 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso (222 quilômetros quadrados) e Pará (152 quilômetros quadrados).
Em setembro de 2014, segundo o Imazon, o desmatamento concentrou em Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%).
Degradação florestal
Em setembro de 2014, o SAD registrou 624 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas). A maioria (97%) ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (2%) e Pará (1%).
Categoria fundiária
A maioria (59%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, em setembro deste ano. O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (20%), unidades de conservação (19%) e terras indígenas (2%).
Segundo o SAD, foram 73 quilômetros quadrados de desmatamento nas unidades de conservação em setembro de 2014. No caso das terrasindígenas, foram detectados 8 quilômetros quadrados de desmatamento.
Para calcular a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o governo federal e o Inpe utilizam o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda pequenos desmatamentos. Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano.

Fonte >> Globo.com

 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Algumas maneiras eficiente para preservar o Meio Ambiente


O surgimento de iniciativas que buscam cuidar da natureza é uma resposta a uma série de problemas existentes no mundo: desmatamento de florestas e matas atlânticas, poluição das cidades, do ar e de recursos hídricos como rios, lagos, lagoas e oceanos, além de atividades como a caça e a pesca predatória. Para reduzir os danos causados pelos crimes ao meio ambiente, algumas atitudes simples para que cada um possa fazer a sua parte é adquirir hábitos sustentáveis simples e eficientes.


A primeira dica é realizar a separação correta do lixo orgânico, latas de alumínio, papéis e metais para tornar possível o processo de reciclagem. É possível fazer em casa a transformação do papel usado em reciclado, ou mesmo utilizar materiais orgânicos, como restos de alimentos e bagaços, como adubo em jardins e hortas caseiras. Dessa forma, você economiza com fertilizantes e ainda diminui a quantidade de lixo a ser descartado.


Outra dica de como preservar o meio ambiente é evitar o desperdício de água, desligando a torneira em atividades diárias como escovar os dentes, lavar pratos ou se barbear, bem como fechar a válvula do chuveiro enquanto se ensaboa. Ao limpar o carro ou a calçada em frente a sua casa, evite o uso da mangueira e procure utilizar um balde com água, esponja e sabão. Por fim, procure reaproveitar a água que sobra da lavagem de roupas para regar as plantas.


Em casa ou no trabalho, procure trocar as lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que duram 10 vezes mais gastam dois terços menos de energia. Ainda, as lâmpadas fluorescentes podem ser recicladas após o uso. Além de ser uma ação sustentável, também contribui para reduzir a conta de energia no fim do mês.


Procure realizar caronas solidárias ou invista em meios de transportes menos poluentes. Andar de bicicleta ou a pé diminui o nível de emissão de gases nocivos à atmosfera e são ótimos exercícios físicos.


Biodiversidade Brasileira



O Brasil é um país de proporções continentais: seus 8,5 milhões km² ocupam quase a metade da América do Sul e abarcam várias zonas climáticas – como o trópico úmido no Norte, o semi-árido no Nordeste e áreas temperadas no Sul. Evidentemente, estas diferenças climáticas levam a grandes variações ecológicas, formando zonas biogeográficas distintas ou biomas: a Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; o Cerrado de savanas e bosques; a Caatinga de florestas semi-áridas; os campos dos Pampas; e a floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.

A variedade de biomas reflete a enorme riqueza da flora e da fauna brasileiras: o Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta. Esta abundante variedade de vida – que se traduz em mais de 20% do número total de espécies da Terra – eleva o Brasil ao posto de principal nação entre os 17 países megadiversos (ou de maior biodiversidade).

Além disso, muitas das espécies brasileiras são endêmicas, e diversas espécies de plantas de importância econômica mundial – como o abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (ou do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba – são originárias do Brasil.

Mas não é só: o país abriga também uma rica sociobiodiversidade, representada por mais de 200 povos indígenas e por diversas comunidades – como quilombolas, caiçaras e seringueiros, para citar alguns – que reúnem um inestimável acervo de conhecimentos tradicionais sobre a conservação da biodiversidade.

Porém, apesar de toda esta riqueza em forma de conhecimentos e de espécies nativas, a maior parte das atividades econômicas nacionais se baseia em espécies exóticas: na agricultura, com cana-de-açúcar da Nova Guiné, café da Etiópia, arroz das Filipinas, soja e laranja da China, cacau do México e trigo asiático; na silvicultura, com eucaliptos da Austrália e pinheiros da América Central; na pecuária, com bovinos da Índia, equinos da Ásia e capins africanos; na piscicultura, com carpas da China e tilápias da África Oriental; e na apicultura, com variedades de abelha provenientes da Europa e da África.

Este paradoxo traz à tona uma ideia premente: é fundamental que o Brasil intensifique as pesquisas em busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira – ao mesmo tempo mantendo garantido o acesso aos recursos genéticos exóticos, também essenciais ao melhoramento da agricultura, da pecuária, da silvicultura e da piscicultura nacionais.

Como se sabe, a biodiversidade ocupa lugar importantíssimo na economia nacional: o setor de agroindústria, sozinho, responde por cerca de 40% do PIB brasileiro (calculado em US$ 866 bilhões em 1997); o setor florestal, por sua vez, responde por 4%; e o setor pesqueiro, por 1%. Na agricultura, o Brasil possui exemplos de repercussão internacional sobre o desenvolvimento de biotecnologias que geram riquezas por meio do adequado emprego de componentes da biodiversidade.

Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações brasileiras, com destaque para o café, a soja e a laranja. As atividades de extrativismo florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de pessoas. A biomassa vegetal, incluindo o etanol da cana-de-açúcar, e a lenha e o carvão derivados de florestas nativas e plantadas respondem por 30% da matriz energética nacional – e em determinadas regiões, como o Nordeste, atendem a mais da metade da demanda energética industrial e residencial. Além disso, grande parte da população brasileira faz uso de plantas medicinais para tratar seus problemas de saúde.

Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável.

Sua redução compromete a sustentabilidade do meio ambiente, a disponibilidade de recursos naturais e, assim, a própria vida na Terra. Sua conservação e uso sustentável, ao contrário, resultam em incalculáveis benefícios à Humanidade.

Neste contexto, como abrigo da mais exuberante biodiversidade do planeta, o Brasil reúne privilégios e enorme responsabilidade.

Mas o que é a Biodiversidade?

A biodiversidade é a exuberância da vida na Terra – num ciclo aparentemente interminável de vida, morte e transformação.

A biodiversidade é você; a biodiversidade é o mundo; você é o mundo. Seu corpo contém mais de 100 trilhões de células e está conectado ao planeta por um sistema complexo, infinito e quase insondável: você compartilha átomos com tudo o que existe no mundo ao seu redor.

Estima-se que até 100 milhões de diferentes espécies vivas dividam este mundo com você (ainda que menos de 2 milhões sejam conhecidas): a biodiversidade abrange toda a variedade de espécies de flora, fauna e micro-organismos; as funções ecológicas desempenhadas por estes organismos nos ecossistemas; e as comunidades, habitats e ecossistemas formados por eles. É responsável pela estabilidade dos ecossistemas, pelos processos naturais e produtos fornecidos por eles e pelas espécies que modificam a biosfera. Assim, espécies, processos, sistemas e ecossistemas criam coletivamente as bases da vida na Terra: alimentos, água e oxigênio, além de medicamentos, combustíveis e um clima estável, entre tantos outros benefícios.

O termo biodiversidade diz respeito também ao número de diferentes categorias biológicas (riqueza) da Terra e à abundância relativa destas categorias (equitabilidade), incluindo variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre habitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade).

Por tudo isso, o valor da biodiversidade é incalculável. Apenas quanto ao seu valor econômico, por exemplo, os serviços ambientais que ela proporciona – enquanto base da indústria de biotecnologia e de atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais – são estimados em 33 trilhões de dólares anuais, representando quase o dobro do PIB mundial.

Mas esta exuberante diversidade biológica global vem sendo dramaticamente afetada pelas atividades humanas ao longo do tempo – e hoje a perda de biodiversidade é um dos problemas mais contundentes a acometerem a Terra. A crescente taxa de extinção de espécies – que estima-se estar entre mil e 10 mil vezes maior que a natural – demonstra que o mundo natural não pode mais suportar tamanha pressão.

Diante deste quadro, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade – convidando o mundo a celebrar a vida na Terra, a refletir sobre o valor da biodiversidade e a agir para protegê-la. E a hora de agir é agora.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ministra do Meio Ambiente diz esperar queda no desmatamento na Amazônia

Dados sobre área desmatada devem ser divulgados até o final do mês.
Em 2013, foram 5.891 km² de desmatamento, 29% a mais do que em 2012.

A ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, durante apresentação de balanço de sua gestão (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (19), durante reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em Brasília, que espera que o desmatamento daAmazônia Legal em 2014 seja menor do que o registrado em 2013. Os dados oficiais sobre área desmatada devem ser divulgados até o final do mês, afirmou.
Em 2012, 4.571 km² da Amazônia Legal foram desmatados. Em 2013, o desmatamento aumentou – foram 5.891 km², um acréscimo de 28,8% em relação ao ano anterior. A ministra afirmou que “torce” para que a taxa de 2014 seja menor do que a do ano passado.
“Nós estamos trabalhando com a expectativa de queda, é isso que o Ibama me informa […] Teve um aumento ano passado, o mesmo aumento teve de 2007 para 2008 e depois caiu. O Ibama está trabalhando com fiscalização e com a Força Nacional de Segurança cumprindo e aprimorando os instrumentos de fiscalização. Não é suficiente, nós sabemos, nós precisamos acabar com a madeira ilegal”, afirmou Izabella.
A ministra negou que o governo tenha retardado a divulgação dos dados antes das eleições em razão de os números mostrarem aumento no desmatamento, segundo reportagem publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” em setembro.
De acordo com o jornal, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), identificou uma área desmatada de 1.626 km² de florestas na Amazônia Legal nos meses de agosto e setembro, um crescimento de 122% sobre os mesmos dois meses de 2013.
O Deter detecta desmatamento em tempo real e emite alertas ao governo. O último balanço foi divulgado em setembro, em relação aos meses de junho – que registrou área desmatada de 535,31 km² – e julho – quando a floresta perdeu 728,56 km² de vegetação.
A ministra disse que o balanço oficial do governo é baseado nos dados do Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), divulgado no fim de cada ano pelos ministérios do Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia.
Não oficial
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, um levantamento não oficial feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, de Belém, apontou nesta semana nova alta na devastação da floresta amazônica em relação ao ano passado.
O SAD detectou 244 km² de área desmatada na Amazônia Legal em outubro de 2014. Isso representou um aumento de 467% em relação a outubro de 2013, quando o desmatamento somou 43 km².
Indígenas observam área desmatada na Amazônia para implantação de garimpo ilegal (Foto: Lunae Parracho/Reuters)
A ministra Izabella Teixeira destacou que a última previsão do Imazon, em 2013, apresentou uma taxa de erro de 228% em relação aos dados do Inpe. Segundo ela, “o governo não tem nenhuma restrição de publicação”, mas “são métodos distintos, com tecnologias distintas”, e, por isso, os números divulgados são diferentes.
Balanço
A ministra Izabella Teixeira entrou no Ministério do Meio Ambiente como interina, em 2010, no final do segundo mandato do presidente Lula, e permaneceu durante o primeiro mandato inteiro da presidente Dilma Rousseff (2011-2014).
Nesta quarta (19), a ministra fez um balanço sobre a gestão dela na pasta, na sede do Ibama, em Brasília. Izabella Teixeira afirmou que se sente com “a alma lavada e enxaguada” e disse estar “com orgulho” da gestão no ministério.
“Eu acho que entregamos um ministério, nessa primeira gestão, de uma maneira muito distinta do que nós encontramos e, realmente, em um patamar, no meu entendimento, ainda mínimo daquilo que é demandado pela sociedade […] Os últimos anos foram de agregar valor e não de perda, como muitas pessoas insistem”, concluiu.
Em relação ao balanço de áreas protegidas, Izabella destacou que foram contratados 111 planos de manejo (documento técnico para unidades de conservação) nos últimos quatro anos. Disse também que foram investidos R$ 170 milhões em 16 parques nacionais, para uso público.
Quanto à fauna no Brasil, a ministra afirmou que pela primeira foi possível reproduzir em cativeiro a arara azul, segundo ela, espécie “símbolo do país”. “Para quem se dedica a essa dinâmica talvez seja o melhor ganho do ano, é uma notícia tão importante quanto descobrir uma nova espécie”, disse.
Fonte: Globo.com

Corredor ecológico



Corredor biológico pode ser conceituado como uma parcela de ecossistemas naturais que fazem a ligação entre as unidades de conservação tanto públicas quanto particulares, que permite uma maior oxigenação genética, possibilitando a manutenção da biodiversidade com seus processos evolutivos.
Os corredores biológicos podem ser implementados em qualquer tipo de bioma ou ecossistema, mas é para a proteção das florestas tropicais que foi praticamente criado e desenvolvido.
Objetivos principais
 •A conservação in situ da biodiversidade de determinada área natural, através da integração das unidades de conservação;
 •Implementação de unidades modelos em áreas de alta prioridade de biodiversidade;
 •Incentivar a expansão de RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) e preservar grandes blocos de florestas através da integração das populações envolvidas.
Em termos de direito ambiental um corredor ecológico pode ser considerado como uma forma administrativa de preservação ambiental, fazendo parte do sistema nacional de proteção ao meio ambiente.
O Brasil é possuidor de cerca de 1/3 do remanescente das florestas tropicais do planeta, encontra-se privilegiadamente na posição de país de maior diversidade biológica do mundo, graças evidentemente as suas florestas, pois estes ecossistemas são reconhecidos como de grande biodiversidade. Um grande percentual dos animais como mamíferos, aves e répteis, bem como plantas estão na região florestal brasileira. Só na Floresta Atlântica encontramos mais de 73 espécies de mamíferos, 160 de aves, 128 espécies de anfíbios e cerca de 20.000 espécies de plantas, o que a torna uma das mais exuberantes e importantes florestas do globo.
Na região amazônica a atividade agrícola e a exploração da madeira  vêm trazendo grande impacto ambiental, com perdas atuais por volta de 14 mil km2 de sua área verde, perdendo já cerca de 8% da área total da floresta; além disso, as queimadas vêm contribuindo com 10% das emissões mundiais de gás carbônico. Há, ainda, desperdício de madeira pois aproveita-se apenas parte desta, além da erosão dos rios pelo desmatamento.
A situação está caminhando para um futuro caos ambiental, pois as unidades de conservação estão praticamente no papel e a filosofia preservacionista era até pouco tempo no sentido de apenas delimitar áreas de preservação, sem nenhuma atuação protetiva adicional.
O entendimento de que a opção pela formação de ilhas biológicas é a melhor está mudando, entendendo-se agora que para a manutenção da biodiversidade é necessário manter estas ilhas interligadas, pelo que se denomina corredor biológico.
Uma das maiores dificuldades, enfrentadas pelas atuais unidades de conservação, é o seu crescente isolamento de outras áreas naturais. Por isso, já que a conservação da biodiversidade requer não somente a preservação de espécies, mas também a diversidade genética delas, é essencial proteger múltiplas populações da mesma espécie.
Além disso, populações isoladas são mais vulneráveis a eventos demográficos e ambientais aleatórios, tomando-as mais suscetíveis à extinção local.
O planejamento em conservação deve deixar de considerar áreas únicas, e sim estruturas de rede, levando em consideração a dinâmica da paisagem e o inter-relacionamento necessário entre áreas protegidas. A aplicação de modelos biogeográficos deixa clara a necessidade da preservação de extensas áreas, de modo a tornar o sistema ecologicamente viável.
Uma maneira de conservar a biodiversidade é montar projetos que tem como objetivos a conservação in situ da biodiversidade das florestas tropicais, através da integração das unidades de consevação; implementação de unidades modelos em áreas de alta prioridade de biodiversidade; incentivar a expansão de RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) e preservar grandes blocos de florestas através da integração das populações envolvidas.
Portanto, a formação de corredores biológicos é de suma importância na tentativa de preservação ambiental, sendo uma forma moderna e que traz esperança na luta pela melhor qualidade ecológica de nossas florestas e consequentemente de preservação da nossa riquíssima biodiversidade. 

Crescimento da população, consumo e impacto ambiental


Os cientistas (inclusive os líderes nacionais) temem que o aumento da população esgote os recursos e provoque uma catástrofe social ou econômica se não for contido. A maior parte da população mundial deve aumentar em desenvolvimento durante o século XXI. Esses enfrentam desafios, incluindo baixos níveis de educação, padrões precários de saúde, pobre, pobreza, habitação, esgotamento de recursos naturais, guerras, dominação econômica e política por outros países. No entanto, a relação entre a população e o ambiente é complexa. Os impactos das sociedades humanas sobre possuem três elementos principais interligados: Tamanho da população, riqueza ou consumo e tecnologia. Uma versão expandida da equação separa a tecnologia em dois fatores: Recursos intensidade (quantos recursos são usados para produzir cada unidade de consumo) e de resíduos de intensidade (a quantidade de resíduos que cada unidade de consumo gera) também consideram a sensibilidade do ambiente.
Em 1950 a população do mundo era de 2,5 bilhões, passando a seis bilhões de habitantes em 2000. Os países que tem o maior crescimento populacional são os africanos, liderados pela Libéria (4,50% ao ano), Burundi (3,90%) e Saara Ocidental (3,72%). Na maior parte do mundo, todavia, o crescimento populacional está diminuindo ao longo dos últimos 20 anos. É sintomático que duas nações, as quais concentram 2,6 bilhões de habitantes (37% da população terrestre), têm atualmente índice vegetativo baixo: a Índia com 1,46%, e a China com 0,58%. O Brasil também reduziu sua taxa vegetativa drasticamente nas últimas duas décadas, atualmente em 1,24% ao ano.
A redução do crescimento da população mundial ainda não se fez notar com tanta clareza, já que grande parte das pessoas nascidas nos últimos 50 a 70 anos ainda continua viva. O que se espera é que a redução do crescimento vegetativo médio seja perceptível a partir da metade deste século quando, segundo previsões, a população humana deverá alcançar os nove bilhões e lentamente decair, segundo algumas fontes. A ONU (Organização das Nações Unidas), todavia, prevê que a população continuará a aumentar, chegando a aproximadamente 11 bilhões no final do século. O maior crescimento ocorrerá no continente africano, cuja população deverá chegar aos 4,2 bilhões de habitantes até 2100.
O problema do aumento da população não é apenas o da falta de alimentos, como se temia no passado. Estes são e poderão ser produzidos em quantidades suficientes para abastecer o mundo. A tragédia da fome é relacionada com a especulação financeira sobre safras futuras, a falta de recursos, a corrupção e os conflitos, que privam populações do acesso aos meios de produção e compra dos alimentos básicos.
O impacto do crescimento populacional é mais amplo. Refere-se aos recursos naturais necessários para alimentar, dessedentar, vestir, transportar, aquecer, refrigerar, iluminar e divertir centenas de milhões de seres humanos, que também almejam uma vida melhor. Segundo um estudo do instituto americano Wolfensohn Center for Development, em 2030 aproximadamente cinco bilhões de pessoas, cerca de 2/3 da população global, poderão pertencer à classe média mundial, dispondo de 10 a 100 dólares por pessoa por dia (dependendo do país) para gastar.
O efeito que esta demanda por produtos provocará no meio ambiente é imenso: mineração, agricultura, criação de gado, pesca, indústrias de todos os tipos, construção civil, transportes e fornecimento de energia e água. Além disso, há que se considerar a geração de resíduos de todas estas atividades e o impacto no solo, nas águas e na atmosfera, aumentando as emissões de gases de efeito estufa e acelerando as mudanças climáticas. A expansão das atividades econômicas aumentará a pressão sobre os ecossistemas remanescentes, apressando a destruição de espécies, muitas delas extintas antes de terem sido estudadas.
Cientistas recomendam que para evitar o aumento descontrolado da população, principalmente em países pobres, seja incentivada a educação das mulheres, proporcionando-lhes mais liberdade individual, acesso à informação e a métodos contraceptivos. Esta política deveria ser acompanhada de planejamento familiar esclarecido, livre da tutela do Estado, da religião, de grupos de pressão ou membros da família. 

Os rios mais poluídos do Brasil



Infelizmente, o Brasil cuidou pouco da qualidade da água de seus rios nas últimas décadas. O forte crescimento das cidades sem planejamento urbano adequado, despejou em grande parte dos rios brasileiros uma grande quantidade de lixo, esgoto urbano doméstico e resíduos industriais. O resultado disso foi a poluição de vários rios.
Os rios mais poluídos do Brasil
1º - Rio Tietê: a nascente é limpa, porém o rio vai ficando cada vez mais poluído no decorrer do percurso até atingir a região da cidade de São Paulo, onde se torna extremamente poluído. Lixo, esgotos e resíduos industriais são as principais fontes poluidoras.
2º - Rio Iguaçu: maior rio do Paraná, possuí elevado índice de poluição. A falta de investimentos em saneamento básico e a grande urbanização desordenada em suas margens, são os principais responsáveis por esta triste situação.
 - Rio Ipojuca: importante rio de Pernambuco, o Ipojuca recebe, em grande parte do seu curso, muito lixo e esgoto.
4º - Rio dos Sinos: é o rio mais poluído do Rio Grande do Sul. Mais uma vez o crescimento urbano desordenado e os resíduos industriais provocaram os elevados índices de poluentes neste rio.
5º - Rio Gravataí: esgoto doméstico, lixo e resíduos industriais poluem este rio que separa a cidade de Canoas de Porto Alegre.
6º - Rio das Velhas: a poluição é provocada, principalmente, por resíduos industriais originados no Parque Industrial de Belo Horizonte.
7º - Rio Capibaribe: a poluição é causada, principalmente, por resíduos urbanos de cerca de 40 cidades pernambucanas.
8º - Rio Caí: localizado na área norte de Porto Alegre, tem como principal fonte de poluíção as indústrias da região.
9º - Rio Paraíba do Sul: rio que passa pelo território de três estados (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) tem como principais fontes poluidoras as atividades industrial e extrativista mineral (principalmente de areia), além da agricultura e pecuária.
10º - Rio Doce: importante rio de Minas Gerais, tem a poluição gerada por resíduos químicos (provenientes de indústrias) e pesticidas (de propriedades rurais).
(Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - abril de 2012)

Denuncia - Máfia do Lixo


No dia 12 de Novembro de 2014, o Ministério Público do Paraná acaba de oficiar o prefeito Gustavo Fruet do município de Curitiba, para que esse forneça cópias de processos administrativos que tramitaram na Prefeitura da capital paranaense. O tema é gravíssimo.

Em 11 de agosto de 2014, líder comunitário do bairro Caximba, em Curitiba no Paraná, fez protocolar “pedido de cópias de processos administrativos que tramitaram na Secretaria Municipal do Meio Ambiente”, que tem por titular Renato Eugênio de Lima.

O documento protocolado sob o número 01-086925/2014, de 11 Agosto de 2014, requer cópias de processos administrativos da Prefeitura de Curitiba que envolvem movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) de titularidade de massa falida.

Em 17 de outubro de 2014, o líder comunitário Jadir Silva de Lima esteve na Prefeitura de Curitiba, junto ao Arquivo Geral da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), onde a funcionária Naiane que vem a ser a responsável por esse setor, declarou que “tinha enviado os processos administrativos para serem copiados digitalmente, via malote, CARGA No. 5137513 de 17 de Outubro de 2014, às 15:12, e que o destino era a Secretaria Municipal de Planejamento e Administração.

Como veremos adiante, esses processos sumiram da Prefeitura da capital paranaense.

Transcorridos 85 dias após o ingresso desse “pedido de cópias de processos”, e 18 dias da remessa do malote – CARGA No. 5137513, em 04 de Novembro de 2014, a Secretaria Municipal de Planejamento e Administração, da Prefeitura de Curitiba, informa ao secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Eugênio de Lima, de que “até a presente data não recebemos os processos”.  

Ora, é inacreditável que em 85 dias de tramitação do pedido que requer cópias de documentos públicos, a Prefeitura de Curitiba não tenha localizado os processos administrativos que “envolvem movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um bosque nativo relevante e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) de titularidade de massa falida, e que não tenha ainda até a data de hoje localizado o malote – CARGA No. 5137513 bem como explicado porque os processos para serem digitalizados não chegaram no seu destino final .

O líder comunitário da Caximba, por dezenas de oportunidades nesses 85 dias compareceu na Prefeitura de Curitiba em busca das cópias dos referidos processos.

Uma das últimas vezes que Jadir Silva de Lima manteve contato na Prefeitura de Curitiba, no Gabinete do Prefeito Gustavo Fruet, o funcionário Marcos Cruz informou ao líder comunitário, que estava acompanhado de duas testemunhas, de que “realmente os processos administrativos não foram localizados”, e que o prefeito pedetista Fruet determinou a “abertura de procedimento de investigação” para a localização dos processos extraviados.

Em nenhum Diário Oficial do Município de Curitiba, a partir dessa oportunidade se encontrou a publicação da instauração de comissão de investigação para esclarecer o ocorrido.

assunto passa a ter “caráter sigiloso”. Ninguém viu mais os processos administrativos que envolvem autorizações a empresa dona de aterro industrial que em 12 anos pretende faturar 200 milhões de reais.

É inacreditável, que processos administrativos públicos, da maior relevância, que envolvem olicenciamento ambiental e de localização de ampliação de aterro sanitário industrial e domiciliar, de resíduos perigosos e não perigosos, em Curitiba, e que a titular do empreendimento busca o faturamento de 200 milhões de reais, sumam da Prefeitura da capital paranaense.

É pauta para qualquer televisão no Brasil, qualquer veículo de comunicação.

Esses processos de competência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), da Prefeitura de Curitiba, permitiram a uma empresa privada que ela viesse a ampliar o seu aterro sanitário em área de titularidade de massa falida.

Quem concedeu a autorização para o “corte de 3.200 árvores de “bosque nativo relevante” em Área de Preservação Permanente (APP)” via a Prefeitura de Curitiba? Como isso aconteceu dentro da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba?

Porque a Prefeitura de Curitiba não requereu ao Juízo de Falência da Região Metropolitana de Curitiba as autorizações para a concessão de “movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um bosque nativo relevante e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) de titularidade de massa falida”?

Nos autos do Processo de Falência no. 000.1423-89.2009.8.16.0185 (50/2009), que tem por massa falida a empresa Stirps Empreendimentos e Participações Ltda, titular da área onde promoveram movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) visando à ampliação de aterro industrial, não há registro de qualquer ofício da SMMA ou mesmo do senhor prefeito Gustavo Fruet requerendo a devida autorização ao Juízo.

Assim como não existe nos autos dos processos que se busca copiar, documento do Juízo da 2ª. Vara de Falências da Região Metropolitana de Curitiba que autorize a qualquer empresa privada a promover a movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) no imóvel matrícula de número 49.648 com registro na 8ª. Circunscrição Imobiliária de Curitiba.

Isso se tem a absoluta certeza. Se não há nos autos do processo em questão qualquer autorização de movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), assinado pela juíza Luciane Pereira Ramos, titular da 2ª. Vara de Falências da Região Metropolitana de Curitiba, é porque não existem documento nesse sentido.

Basta ainda tomar conhecimento, que a juíza Luciane Pereira Ramos em seu despacho de 29/07/2014 no Processo de Falência no. 000.1423-89.2009.8.16.0185 (50/2009), afirma que as licenças ambientais concedidas pela SMMA, da Prefeitura de Curitiba, foram obtidas “fraudulentamente, uma vez que não foi autorizado por esse juízo, ou subscrito pelo administrador judicial”.

Ora, é indiscutível que alguém assinou documento na SMMA da Prefeitura de Curitiba, requerendo autorizações para a movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) no imóvel matrícula de número 49.648 com registro na 8ª. Circunscrição Imobiliária de Curitiba, sem que tivesse a concessão devida da Justiça do Estado do Paraná.

A Prefeitura de Curitiba, junto a SMMA, exige que para a concessão de “autorização” para a movimentação de terra, corte de solo, abate de árvores e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP), seja requerida em formulário próprio da pasta do Meio Ambiente (PORTARIA 10/2012), devidamente “preenchida e assinada pelo proprietário ou seu representante legal”.
Se for representante legal, a Prefeitura de Curitiba exige que tenha a procuração (ampla e geral ou específica para corte das árvores), devidamente registrada em cartório acompanhada de RG e CPF do procurador.

Ministério Público do Estado do Paraná quer as cópias dos processos administrativos daPrefeitura de Curitiba, que tratem de autorizações de movimentação de terra, corte de solo, abate de árvores e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) no imóvel matrícula de número 49.648, com registro na 8ª. Circunscrição Imobiliária de Curitiba, para saber “quem” autorizou e porque “não exigiram” o documento do Juízo da 2ª. Vara de Falências da Região Metropolitana de Curitiba da Justiça do Paraná.

É ainda regulamento da SMMA da Prefeitura de Curitiba, que todos os pedidos de autorizações, documentos e projetos que tratem de movimentação de terra, corte de solo, abate de árvores e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) permaneçam nos autos dos processos administrativos que tramitam no Município, ou tramitaram na pasta do Meio Ambiente.

Alguém vai ter que explicar ao Ministério Público do Estado do Paraná, onde estão osprocessos administrativos que concederam essas autorizações, que permitiram a empresa privada a realizar a movimentação de terra, corte de solo, abate de 3.200 árvores de um “bosque nativo relevante” e a intervenção em Área de Preservação Permanente (APP) no imóvel matrícula de número 49.648 com registro na 8ª. Circunscrição Imobiliária de Curitiba, de titularidade da massa falida Stirps Empreendimentos e Participações Ltda.

As cópias desses processos administrativos que estão sumidos da Prefeitura de Curitibapodem explicar ainda muito mais, como os recolhimentos de taxasos prazos de pagamentos, e as transferências bancárias de pessoa física, quando deveria ser em nome de pessoa jurídica, essa interessada na obtenção das autorizações.

O caso se ocorresse em outras épocas, certamente seria investigado pelo famoso detetive Sherlock Holmes, embora de tão familiar pareça pertencer ao mundo real, é na verdade um personagem fictício gerado pela mente do médico e escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle.

Já os processos administrativos da SMMA da Prefeitura de Curitiba, que se encontram sumidos há pelo menos 85 dias, são reais, e esses podem explicar como concederam as autorizações para uma empresa privada, titular do aterro industrial privado na capital paranaense, que busca lucrar 200 milhões de reais em 12 anos, a ceifar 3.200 árvores de “bosque nativo” relevante, entre outros itens que agora vem a público.